Olá Amores!
Hoje é noite de:
A Linguagem das Flores
Vanessa Diffenbaugh
Confesso que fiquei meio receosa para
ler “A Linguagem das Flores”. Gosto de flores, mas não sei se um livro onde o tema
central parecia ser esse me agradaria, então comecei a ler sem grandes
expectativas. E foi aí que tudo mudou! Eu me apaixonei por Victoria, por sua
história e pelas flores assim que terminei o primeiro capítulo.
Vamos conferir a resenha?!?
Garanto que vão se apaixonar, assim como eu!
Victoria Jones passou toda a sua
infância e parte da adolescência em lares adotivos. Na maioria deles ela nunca
conheceu o amor, o que provavelmente contribuiu para alimentar a sua raiva
pelas pessoas, isso mesmo, Victoria se torna uma misantrópica – aversão à
humanidade – e isso a leva a diversos conflitos interiores. Apenas uma pessoa
no mundo se torna especial para ela, Elizabeth, a mulher que a adotou e que
parecia a compreender desde o primeiro instante. A mulher que a amou como uma
filha. A mulher que a ensinou a “Linguagem das Flores”.
A estória de Victoria é contada em
dois tempos diferentes, o presente em que ela se encontra com 18 anos e é
levada por Meredith, sua assistente social, embora do último lar adotivo para
nunca mais voltar. Agora que é maior de idade, o Estado não se responsabiliza
mais por ela. Sendo assim Victoria se vê tendo que arrumar um emprego e um
lugar para morar. E o passado, onde mostra sua infância revoltada e seu
encontro com Elizabeth. Aqui durante o tempo que passou com Elizabeth, notamos
o amadurecimento de Victoria, sua felicidade em ser amada pela primeira vez e
notamos também Victoria amando sua mãe adotiva e pondo tudo a perder por este
mesmo amor.
“Meus olhos se encheram de lágrimas. A raiva que sentira de Elizabeth naquela manhã se dissolveu, imediatamente substituída por um estado de choque. Eu não havia acreditado em Elizabeth, nem por um instante sequer, quando ela me dissera que nada do que eu aprontasse faria com que ela me devolvesse [...]”. (pág. 96)
Victoria parece não ligar para nada
além das flores. É como se sua existência no mundo, não tivesse importância
alguma. Ela apenas sobrevive. Mas quando a realidade bate com força em sua
cara, e ela percebe que “mora” em um parque cercada pelas flores que ela mesma
plantou e não tem dinheiro para se alimentar, é que tudo muda. Novamente.
Victoria consegue um emprego na Bloom, a floricultura de Renata, que acaba por
se tornar uma pessoa muito importante em sua vida.
Durante uma das inúmeras visitas ao
Mercado das Flores ao lado de Renata, Victoria depara-se com Grant, um vendedor
de flores que parece entender a linguagem das flores – que surgiu na era
vitoriana – assim com Victoria. Isso a surpreende e a irrita, afinal Victoria
nunca gostou de conversar ou de ser tocada pelas pessoas. Ela sempre se
comunicou através das flores, mesmo que a maioria das pessoas nunca a
intendessem. E o fato de Grant a desafiar mostrando que compreendia suas
mensagens através das flores, a faz ficar determinada a descobrir mais sobre o
cara misterioso.
“O visco repousava sobre meu peito. Eu o observava subir e descer num movimento irregular. Meu coração e minha respiração não haviam voltado ao ritmo normal desde que eu interpretara a respostas que aquele estranho pusera na palma da minha mão”. (pág. 60)
“Assim como Elizabeth, Grant era uma pessoa difícil de se esquecer. Era mais do que o fato de nossos passados terem se cruzado, mais do que o desenho do álamo-branco, que, com seu mistério, me levou a descobrir a verdade sobre a linguagem das flores. Era algo no próprio Grant, no modo como levava as flores a sério ou no tom de sua voz quando discutia sobre elas, ao mesmo tempo suplicante e contundente. [...]”. (pág. 90)
O tempo passa e Victoria parece
conseguir estabilizar sua vida, mas não os seus sentimentos. Quando sua filha
nasce, ela a ama mais do que tudo, mas então seu passado a assombra como tem
feito todos os dias de sua existência. Ela se pergunta como alguém que fora
abandonada e nunca fora amada até encontrar Elizabeth e depois acabar com esse
amor, poderia amar e ser amada por sua filha. É nessa última etapa que Victoria
acaba por amadurecer e se transformar em uma mulher que ela jamais pensara ser
possível.
“Olhar para minha filha me enchia de um amor que eu antes achava ser incapaz de sentir e pensei no que Grant tinha dito na tarde em que reapareci em seu jardim de rosas. Se fosse verdade que o musgo não tinha raízes e que o amor materno poderia crescer espontaneamente, vindo do nada, talvez eu tivesse me enganado ao me julgar incapaz de criar minha filha. Talvez os indiferentes, os rejeitados, os mal-amados pudessem aprender a dar amor com tanta abundância quanto qualquer outra pessoa”. (pág. 282)
O livro tem uma escrita sensível e
aborda uma personagem diferente de todas que já li e com sentimentos
conflitantes que arruínam e ao mesmo tempo salvam a sua vida. A trajetória de
Victoria parece ser por pura sorte, mas depois entendemos que se trata da busca
pelo amor e pelo perdão. Amar e ser amada. Perdoar e ser perdoada. E no percurso
aprendemos com Victoria a linguagem das flores, o que torna tudo ainda mais belo.
A diagramação do livro é muito fofinha
e no final nos deparamos com o dicionário da linguagem das flores! Amores esse
livro entrou para os meus Tops Favoritos junto com a série House of Night e A
Hospedeira. Não percam tempo e leiam A Linguagem das Flores, porque o livro é maravilhoso!
Páginas: 304
Gênero: Ficção. Romance.
Classificação: 

Estimado como: 

Merry Meet, Merry Part and Merry Meet Again